Muitas pessoas passam a vida inteira procurando o momento certo para fazer coisas e tomar decisões.
Por isso se você tiver que decidir, decida agora; se tiver que resolver, resolva agora; se tiver que amar, ame agora; se tiver que provar seu amor, prove agora; se tiver que pedir perdão, peça agora; se tiver que se arrepender, se arrependa agora.
Porque se você tiver que morrer agora, morra com o coração inundado de amor.
Acho que, na realidade, ninguém tem nada a perder. Por isso que muita gente não se permite fazer muita coisa. Porque tem muito futuro e passado em jogo. E ninguém se da conta que existe apenas o presente. Ele é tudo que temos.
Deixamos de ter certas atitudes com medo de sermos diferentes.
Mas será que é grave ser diferente?
Não. Talvez grave seja forçar-se a ser igual. Ser igual acaba por provocar neuroses, psicoses e paranóias.
Eu tenho medo de ser diferente. Porque acho que se todos forem diferentes, acabamos por ser todo mundo igual.
Li uma frase que dizia o seguinte: “Seja como a fonte que transborda, e não como um tanque que tem sempre a mesma água”.
Mas acho isso tão errado.
É muito perigoso transbordar, porque podemos inundar lugares onde vivem pessoas queridas, e afogá-las com nosso entusiasmo e amor.
Por isso passei a minha vida inteira sendo um tanque e nunca fui além das minhas paredes interiores.
Mas acontece que, por uma razão que ainda desconheço acabei me transformando naquilo que lutei uma vida inteira para evitar: numa fonte que acabou transbordando e inundando tudo ao redor.
Mas aprendi uma coisa muito importante: a vida como fonte é a mesma coisa que uma vida como um tanque. Tanto lá como aqui as pessoas criam muralhas e não deixam que nada possa perturbar suas medíocres existências.
Fazem coisas porque estão acostumadas a fazer, divertem-se porque são obrigadas a se divertir e o mundo que se dane. No máximo assistem o jornal na TV só para terem “certeza” de que são realmente felizes nesse mundo cheio de problemas e injustiças.
Durante muito tempo isso pode até ser útil. Mas a gente muda. Há gente que me espera em algum lugar, embora ainda não me conheça e, eu tampouco as conheço.
“A consciência da morte nos anima a viver mais”.
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